domingo, 21 de junho de 2009

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SINDICAL DOS TURISMÓLOGOS

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SINDICAL DOS TURISMÓLOGOS





Por que será que hoje, mais do que nunca, devemos nos preocupar e lutar por nossa regulamentação profissional?

Entender que a sociedade é produto da luta de classes pode parecer, como diriam os neoliberais uma compreensão ultrapassada e atrasada da sociedade, pois segundo os mesmos, o que interessa é a competência profissional de cada um e não a referencia de ordem coletiva. Esse processo de despolitização de entendimento do real induzido por uma ideologia voltada para a busca e redescoberta do individualismo acaba fortalecendo a idéia contra a regulamentação profissional entre estudante e turismólogo.
Categoria desorganizada ou organizada encima de interesses que não priorizam a regulamentação profissional, mas sim, idolatram a conquista do dia 27 de setembro como data do turismólogo, a Insígnia Oficial da Profissão de Turismólogo e o Empreendetur. Não deixa de ser formas de desviar a atenção da necessidade de organização sindical e política da categoria na luta pelas questões profissionais e trabalhistas.
Lutar pela regulamentação profissional é entender a lógica da sociedade em que os interesses coletivos sociais devem prevalecer e serem resguardados em relação aos interesses privados do capital. A categoria deve criar instrumentos jurídicos legais que protejam suas conquistas de inserção no mercado de trabalho e desenvolver ações para que seus Conselhos atuem junto aos turismólogos garantindo a qualidade dos cursos e profissional.
Exigir a regulamentação da profissão não é algo atrasado como afirmam os soldados guardiões da qualidade total que pretendem nos impor a certificação. Transformando-nos em "ISO" como se fossemos mercadorias, trocando a importância de um conteúdo pedagógico crítico e humanístico, pela ideologia do pragmatismo vulgar em que o valido é o adestramento para as tarefas do bem servir ao alheio. A isso não podemos nos submeter, basta de institutos que se arrogam o direito de classificarmo-nos como se fossemos coisa. Por isso leitor não permita que em sua instituição de ensino o discurso acrítico e despolitizante daqueles que dizem defender a categoria surjam. Combata-os no campo das idéias exigindo explicações acadêmicas e entenda que a regulamentação da profissão só é possível com a organização política da categoria.

João dos Santos Filho
Bacharel em Ciências Sociais e Turismo
23/01/2007

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