terça-feira, 23 de junho de 2009

TURISMO PARA NOSOTROS Y LA REGLA PARA LOS OUTROS: EL PODER DE LA CASA ROSADA NO PALACIO DE LA ALVORADA

TURISMO PARA NOSOTROS Y LA REGLA PARA LOS OUTROS: EL PODER DE LA CASA ROSADA NO PALACIO DE LA ALVORADA

O numero de turistas argentinos que irão se dirigir principalmente para a região sul do Brasil, segundo as autoridades diplomáticas argentinas será de mais de um milhão e setecentos mil. Dos quais 600 mil em carros particulares, podemos dizer que se trata de uma classe média descapitalizada em seu pais e que as poucas economias que possuem se transformam em pequenas fortunas de Reais quando atravessam a fronteira para o paraíso chamado Brasil.
Segundo o jornal argentino Clarín, até o dia 16 de janeiro haviam sido multados 450 argentinos e 70% por excesso de velocidade. Será que as leis de transito brasileiras são tão rígidas e incapazes de atender à idiossincrasia de nossos hermanos argentinos? Ou quem sabe, nossas estradas são lamentáveis e a fiscalização da polícia rodoviáriamuito rigorosa. Obviamente que nossas leis possuem um nível de universalidade, portanto servem a todos os grupos sociais independente de qualquer condição. Nossas estradas principalmente no sul do país possuem um certo grau de desenvolvimento tecnológico o que pode ser considerado estranho e uma novidade ao mesmo tempo para os argentinos é a tipografia serrana.
Considerar os turistas argentinos péssimos motoristas seria apelar para um censo comum de base interpretativa de juízo moral, muito próprio da animosidade fabricada pelos interesses mesquinhos daqueles que determinaram uma historiografia oficial para saber quem tem mais liderança na América Latina: Brasil ou Argentina.
Obviamente este não será o caminho que escolhemos, porém esse processo( de querer estar na liderança ) está muito presente no cotidiano da vida de ambos os lados, vejamos alguns casos:
Somos rivais no futebol ou são os cartolas daqui e de lá que alimentam essa artificialidade para aumentar as rendas de seus clubes;
Somos produto do neoliberalismo da miséria e disputamos hoje entre nós quem esta se empobrecendo mais rapidamente, pois o Mercosul se constitui no instrumento que protege os grandes monopólios e decreta a morte súbita dos outros;
Somos civis em animosidade nada cega mais que esse nacionalismo fasistoíde que a mídia criou. Entretanto os militares trocam caricias e gentilezas no campo da ajuda mutua, técnicas de tortura, repressão, combate à guerrilha e golpes de Estado, sempre “amigos para sempre”;
Uma coisa se torna mais aterrorizante nesta disputa do melhor é o retorno da visão gobiniana entre Brasil e Argentina, pois nesse espaço aparece a sinalização para o retorno e discussão dos princípios de raça superior e das noções de Estado separatistas. Nesse caso todos ( turistas ) devem ser governados e se sujeitarem as regras de cidadania, principalmente quando em território estrangeiro.
Aconteceu no dia 15 de janeiro um episódio imensamente desagradável que foi transmitido pela televisão: Um senador provincial da republica Argentina senhor Isaac López foi detido na autopista que une Porto Alegre com a cidade de Osório a uma incrível velocidade de 142 km horários, quando a máxima seria de 100kms. Esse fato pode parecer corriqueiro, entretanto as cenas que a televisão mostraram, nos fizeram pensar se estamos preparados para atender a esse turista.
Vejamos: ao ser abordado pela polícia rodoviária foi lavrada uma multa por “transitar em rodovias em velocidade acima de 20% da máxima permitida, ou a mais de 50% da máxima permitida em vias publicas.” A penalidade por essa atividade é de 7 pontos na carteira e de 560 Ufir e apreensão do veículo.
Porém o cidadão argentino e sua esposa, apelaram ostensivamente para sua posição política, usando do telefone da polícia rodoviária chamaram ao embaixador argentino, que em conversa com a autoridades brasileira que o havia multado, conseguiu a liberação do carro e provavelmente não pagará a multa.
Errou a polícia rodoviária em ceder às pressões da Casa Rosada e as imagens mostraram a senhora do senhor senador aos berros com o policial se negando a admitir a infração que havia cometido. Cena lamentável, será que o Palácio da Alvorada sabe desse comportamento de nossos hermanos turistas argentinos? Com isso, podemos especular que o costume de usar e se valer da influência de padrinhos políticos ou autoridades constituídas para burlar as normas na busca de vantagens não é um costume só do chamado jeitinho brasileiro, mas um cartão de visitas dos argentinos também.

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